Jorge Vaz, MCE e co-autor do tema anual
Jorge Vaz, MCE do Pará
Foto: SCODRFB
Jorge Vaz, fala um pouco sobre o Tema Anual 2018/2019, Ordem DeMolay: uma família especial.

Em 2013 tive a honra de conhecer e iniciar na ordem Demolay e a partir daí, em conjunto da família, a instituição contribuiu para a formação da minha personalidade na pré e na adolescência. Iniciei no capítulo Harmonia e Fraternidade nº 85, sendo que em 2016/2 fui Mestre Conselheiro, e após muito esforço de todos os membros em conjunto com a gestão do Irmão Helder Filho, conquistamos o nosso tão sonhado CRN Ouro. Hoje, por influência da nossa Ordem, curso Direito e sou um amante da mudança, sempre busco formas de melhorar a forma de gerir e liderar buscando soluções para os problemas cotidianos para que no futuro, não tão distante, possamos melhorar efetivamente a vida das pessoas.
 
"Ninguém cresce sozinho. Se vencemos hoje, amanhã é o dia de compartilharmos o sucesso para aqueles que não tiveram a mesma oportunidade que nós. Somos privilegiados."
 
1. Como surgiu a ideia para este tema?  Qual a motivação desta temática?

Após percebemos o quanto o Alexandre (DeMolay que possui o espectro autista no Pará) evoluiu graças a nossa instituição e todo o trabalho do seu capítulo, tomamos a decisão que deveríamos expandir isso para o resto do Brasil. Diante disso, apesar de todo o receio em lidar com essa temática por nossa falta de preparo técnico, não poderíamos negar o privilégio que temos para esses jovens e mesmo fora de nossos Capítulos, sermos agentes conscientizadores dessa pauta.

2. Qual a principal diretriz do tema?

Antes de qualquer coisa, nosso foco principal é que os membros da Ordem DeMolay percebam a importância de “militarem” em favor de nosso tema anual em todos os segmentos de sua vida e sejam, de fato, agentes conscientizadores. Esse é, sem dúvidas, a principal diretriz de trabalho.

3. Qual a importância de trabalhar a inclusão dentro dos Capítulos?

Como defendemos desde o início do projeto, nosso medo não pode ser maior que nosso desejo de transformar vidas. Dessa forma, mesmo faltando um conhecimento aprofundado, o simples ingresso de um membro com síndrome de down ou espectro autista já impactará de forma inenarrável a vida desse jovem. Nossa instituição precisa estar aberta para todos e não temos noção do bem que podemos fazer!

4. Quais as principais atividades serão desenvolvidas dentro do projeto?

Trabalharemos com três frentes de trabalho; DeMolay conscientizado, DeMolay Conscientizador e Recrutamento/Acolhimento. Em primeiro lugar, precisamos que os membros conheçam sobre o tema; façam pesquisas, palestras, visitem instituições e conheçam a realidade. Em segundo lugar, após terem conhecimento sobre a temática, que eles sejam agentes de conscientização também. Façam encontros na sua comunidade sobre o assunto, consigam na câmara de seu município uma sessão pública para tratar sobre isso, disseminem informações pertinentes sobre o assunto, qualquer ação que faça as pessoas conhecerem um pouco mais e cessem qualquer preconceito que possam tem.

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E, por fim, o recrutamento desses jovens para iniciar e todas as mudanças de hábitos dos Irmãos antes já iniciados para incluir esse garoto da melhor forma possível sem colocá-lo em bolhas. Temos um leque gigantesco de atividades dentro da realidade de cada capítulo e para facilitar ainda mais, vamos em breve disponibilizar uma cartilha com diversas atividades que poderão ser realizadas.

5. Na sua visão, a Ordem DeMolay é um agente transformador na vida de membros autistas ou portadores da síndrome de down?

Com certeza! Infelizmente, o índice de pais que abandonam a família após descobrirem que o filho é portador do espectro autista ou da síndrome de down é enorme, uma realidade cruel. E ao nosso ver, nossa instituição existe, em sua essência, para ser uma boa referência paterna para seus membros.
Precisamos acreditar no poder da nossa instituição em mudar vidas!

6. Ainda existem muitos preconceitos arraigados em nossa sociedade, como você acha que a Ordem DeMolay pode trabalhar isso, no ponto de vista da inclusão nos Capítulos?

Pensando exatamente nessa problemática que nos preocupamos em, antes de mais nada, fazer com que os membros conheçam sobre o assunto e após isso, se colocarem no papel de conscientizadores, será muito improvável que alguém que compartilhe com as nossas virtudes não enxergue o bem que podemos fazer e especialmente, como essa experiência será enriquecedora tanto para todo mundo.

7. Deixe sua mensagem para os DeMolays de todo o Brasil.

Como estamos conversando desde o começo desse projeto, não vai ser algo fácil, não somos especialistas na área e teremos que combater qualquer preconceito que possamos ter e principalmente sair da nossa zona de conforto.  Entretanto, como em outras diversas pautas em nossos trabalhos, não podemos deixar nosso medo da mudança nos impedir de transformar a vida de alguém. 

Dessa forma, acredito com todo o meu coração que estamos começando algo realmente grandioso, onde iremos ir muito além de meras discussões em nossos Capítulos ou em panfletagens nas praças em dia de domingo, mas sim, impactar de fato um ser humano que desde o nascimento enfrenta obstáculos inimagináveis praticamente sozinho com sua família. 

Pode parecer pouco, mas aquela quarta vela que centraliza nossas virtudes é tudo que esse futuro Irmão precisa para não se sentir sozinho na sua luta diária e um grande conforto para família ao saber que seu filho estará trabalhando ao lado de jovens com os nossos princípios e virtudes. 

Meus irmãos, nossa instituição é gigante e pode alcançar lugares e pessoas que nem podemos imaginar. 
A Ordem DeMolay é para todos e nós somos os agentes dessa inclusão!


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