Em 2019, lançamos o Movimentos de Solo revisado, uma sequência de vídeos que demonstrará passo a passo cada movimento, lançaremos um Curso para Consultores totalmente disponível na plataforma do SISDM, teremos algumas surpresas no próximo CNOD, onde teremos mais um torneio além do já conhecido, Frank A. Marshall, e isso é só o começo.
5. Qual o principal desafio da padronização ritualística no Brasil.
Falando a nível nacional, acredito que o grande desafio seja conseguir levar a alguns DeMolays e Capítulos de determinadas regiões a informação sobre algumas práticas que mudaram ou que finalmente forma regulamentadas pelas Supremas Instruções - SIs. Pequenos erros, todos os Capítulos cometem até pela alta rotatividade que existe na Ordem DeMolay: quando o membro está começando a se tornar um grande estudioso do Ritual, ou ele vira Sênior ou assume um cargo de liderança e se afasta do Capítulo de origem.
Agora, os erros mais grotescos, esses sim nos preocupam e verificamos que muitos Capítulos não os perdem justamente porque não têm pelo menos um membro assistindo aos webnários, o Mestre Conselheiro Estadual não dá o suporte ritualístico necessário seja porque não vai ao Capítulo necessitado ou seja porque não tem o conhecimento necessário. Uma coisa é você desviar um pouco da faixa de movimentação num movimento, outra é vermos o pessoal até hoje chamando Past Mestres Conselheiros, Pais, Avós, Honoráveis Rainhas e outros na passagem do colar de Mestre Conselheiro numa instalação, por exemplo. Esses últimos erros são aqueles que devem ser extirpados.
Outro ponto, e esse é bastante polêmico, uma visão que não admite mudanças que existe em certos membros da Ordem. Muitas vezes daqueles que não são mais DeMolays Ativos. Alguns acreditam que o Ritual não devia ter sofrido algumas alterações e queriam que ele continuasse a ser da forma que era "na época" deles. Embora, essa corrente seja minoritária, ela ainda está presente e muitas vezes dificulta o estabelecimento de práticas corretas de ritualística e gera muito estresse desnecessário, especialmente para nós da Comissão.
6. Deixe algumas dicas para os Capítulos trabalharem melhor a Ritualística em suas reuniões.
Primeiro de tudo, cada DeMolay do Capítulo deve ter seu próprio Ritual e isso já é possível graças ao Projeto "Meu Primeiro Ritual". Era impossível que o DeMolay estudasse, quando o Ritual ficava só no Capítulo. Outro ponto: elejam alguém no Capítulo que seja bem interessado em ritualística. Esse membro ficará responsável por estudar Ritual, Cerimônias, Supremas Instruções, assistir a todos os webnários e repassar todo esse conteúdo ao Capítulo através de ensaios e palestras periódicas. Acreditamos que com isso, diminuiremos a ocorrência dos erros mais graves. E por fim, fazer durante as gestões algum tipo de torneio interno ao Capítulo para que os membros estejam sempre memorizando as falas de seus cargos. Relembro que todo o Ritual DeMolay deve ser dado de memória e em tese, não deveria sequer haver a presença do Ritual nas mesas e cadeiras dos Oficiais.
7. Deixe uma mensagem para a Ordem DeMolay brasileira.
Em primeiro lugar, quero agradecer à oportunidade de podermos passar aos membros um pouco da nossa visão referente ao nosso trabalho. Quero dizer que muitas vezes, aqueles ritualistas que levam seu trabalho realmente a sério, que não permitem que práticas equivocadas acontecem, geralmente ficam com uma imagem de chatos, arrogantes, invasivos e por aí vai... E nada disso aconteceria se cada um tivesse consciência e fizesse sua parte para aprimorar a ritualística de seu Capítulo. E se pensarmos bem, é graças ao Ritual que a Ordem cresceu e se espalhou de maneira tão vertiginosa no mundo e em nosso país. E é graças à padronização ritualística que podemos dizer que o Ritual praticado nos Estados Unidos é o mesmo praticado no Brasil, garantindo o sentimento de que somos uma única Ordem. Então, conclamo a todos para sempre estarmos lutando por esses ideais.