A Ordem dos Escudeiros unificou o ritual em todo o mundo. A mudança, no entanto, deve fortalecer a instituição para garotos entre 8 e 11 anos, na avaliação do presidente da Comissão da Ordem dos Escudeiros, Arthur Martins. “A Ordem dos Escudeiros recebeu uma atenção muito especial do DeMolay Internacional nos últimos anos, então nós temos que destacar a criação do próprio ritual padrão para a toda a Jurisdição do DI, o que não existia até o momento”, explica Martins. O novo ritual será apresentado oficialmente durante o XII Congresso Nacional da Ordem DeMolay (CNOD), em Belém (PA), entre os dias 21 e 23 de julho.
Segundo o representante do colegiado, as alterações feitas pelo DeMolay Internacional tornam o texto “simplificado” e “enxuto”, com toda o cerimonial realizado pelos próprios Escudeiros. “Houve a mudança do nome e das funções do DeMolay responsável pelo Castelo. Antes chamado de Nobre Cavaleiro, hoje ele chama-se Preceptor e não mais participa das Cerimônias da Instituição, não mais conduz os Escudeiros na Cerimônia de Iniciação. Isso delimita, assim como na Ordem DeMolay, que a Ordem dos Escudeiros deve ser feita pelos Escudeiros e os mais velhos responsáveis pelo Castelo devem apenas acompanhar os trabalhos e auxiliar na administração da instituição”, detalha Martins.
Entusiasta da Ordem dos Escudeiros há mais de 10 anos, o presidente da comissão revelou que o ritual praticado no Brasil até agora era uma mistura do conteúdo original, escrito pelo fundador da instituição, Michael Sanders, com a diagramação, as instruções e os movimentos do ritual utilizado no estado norte-americano de Idaho. “Existia um ritual para cada estado americano, tendo estes a liberdade para escrever seu próprio ritual com a adoção das tradições de cada localidade”, comenta.
Nome e emblema
Duas alterações feitas pelo DeMolay Internacional se tornam bem significativas, de acordo com Martins, pois mudam o nome da instituição e o emblema utilizado pelos garotos. “Com essa unificação, deixa de ser Ordem dos Escudeiros da Távola Redonda para se chamar apenas Ordem dos Escudeiros. Acreditamos que essa alteração elimina as distorções que ocorreram a ligar o nome antigo com os cavaleiros da Távola Redonda do Rei Arthur, uma vez que inexiste vínculo com tal lenda”, explica.
O emblema, que agora passa a ter predominância da cor branca, também deve impactar no dia a dia de Castelos por todo o Brasil. “A alteração do emblema, que agora traz a predominância da cor branca, que é o símbolo da pureza dos garotos, foi absorvida para a confecção da mesa redonda, que não mais se chama távola. Ela está ali para abrigar, conforme a outra, a Espada da Verdade, os Livros da Sabedoria, o Malhete da Justiça e a Bíblia Sagrada”, detalha Martins.
Os paramentos no Brasil, todavia, não sofrem nenhuma modificação com a adoção do novo ritual. "Os paramentos foram mantidos, pois ainda não foram padronizados pelo DI e estamos também obedecendo ao nosso regulamento geral do Supremo Conselho. Não há qualquer alteração quanto aos paramentos e vestimentas da Ordem dos Escudeiros”, informa.
“Essas mudanças são uma grande oportunidade de termos uma Ordem dos Escudeiros forte, agora completamente abraçada pelo DeMolay Internacional, para ampliarmos todos os trabalhos já desenvolvidos”, conclui o presidente da comissão.